quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Noções de clima e adequação da arquitetura

3.1.1
À arquitetura cabe, tanto amenizar as sensações de desconforto impostas por climas muito rígidos, tais como os excessivos de calor, frio ou ventos, como também propiciar ambientes que sejam, no mínimo, tão confortáveis como os espaços ao ar livre em climas amenos.

3.1.2
Os fatores climáticos se alteram para os destintos locais da terra em função da influência de alguns fatores como a circulação atmosférica, distribuição da terra e mares, relevo do solo, revestimento do solo, latitude e altitude.

3.1.3
A radiação solar é uma energia eletromagnética, de onda curta, que atinge a Terra após ser parcialmente absorvida pela atmosfera.

3.1.5
A longitude é medida em relação ao Meridiano de Greenwich. Esse meridiano é, por definição, o semicírculo que passa pelos polos e pelo observatório de Greenwich, situado na Inglaterra.

3.1.6
A latitude é medida a partir do Equador. É um semicírculo paralelo ao Equador.

3.1.7
As posições aparentes do sol ocorre pela inclinação do eixo da Terra de ângulo 23 1/2º em relação ao eixo vertical.

3.1.8
Em relação a influência da latitude: pode-se afirmar que quanto maior for a latitude de um local, menor será a quantidade de radiação solar recebida e, portanto, as temperaturas do ar tenderão a ser menos elevadas.

3.1.9
Sobre a distribuição dos continentes e oceanos: a região situada no hemisfério norte possui menos mares do que a do hemisfério sul. Como resultado deste fenômeno denominado continentalidade teremos que os invernos serão mais frios e os verões mais quentes, em valores médios, no hemisfério norte, pois grandes massas de água são afetadas mais lentamente que as de terra.

3.1.10
O efeito da continentalidade, entre outros fatores, é o mais significativo no deslocamento do Equador Térmico, pois os valores mais elevador de temperaturas do ar se registram nos continentes entre as latitudes 23ºN e 10º/15ºS.

3.1.12
A topografia também afeta a temperatura do ar, a nível local.

3.1.13
O revestimento do solo interferirá nas condições climáticas locais, pois quanto maior for a umidade do solo, maior será a sua condutibilidade térmica.

3.1.14
A umidade atmosférica é consequência da evaporação das águas e da transpiração das plantas.

3.1.17
A nebulosidade, se for suficientemente espessa e ocupar a maior parte do céu, pode formar uma barreira que impede a penetração de parte significativa da radiação solar direta.

3.1.18
A variação de temperatura do ar no globo provoca deslocamentos de massas de ar, pois, se a Terra não girasse sobre si mesma, o movimento do ar seria constante e ascendente dos pólos para o Equador.

3.2 Adequação da arquitetura aos climas

3.2.5 Clima quente e seco
Adotar partidos arquitetônicos que tenham, primordialmente, uma inércia elevada ( vide capítulo 2), a qual acarretará grande amortecimento de calor recebido e um atraso significativo no número de horas que esse calor levará para atravessar os vedos da edificação.
Quanto à proteção da radiação solar direta, é vantajoso term-se soluções arquitetônicas onde as construções sejam as mais compactas possíveis.
Em clima quente e seco, a vegetação deve funcionar como barreira aos ventos, além de, naturalmente, reter parte da poeira em suspensão no ar.

3.2.6 Clima quente úmido: a arquitetura e o urbano
Devem-se prever aberturas suficientemente grandes para permitir a ventilação nas horas do dia em que a temperatura externa está mais baixa que a interna.
Do mesmo modo, devem-se proteger as aberturas da radiação solar direta.
Não deve ter uma inércia muito grande.
O partido arquitetônico deve prever construções alongadas no sentido perpendicular ao vento dominante.

3.2.7 Climas quentes e circulação de pedestres
O pedestre pode caminhar em espaços protegidos da radiação solar direta, em qualquer dos climas quentes.
A vegetação pode ser pensada de modo a criar caminhos sombreados.

3.2.8 Climas quentes e revestimento do solo
Materiais que reflitam muito a radiação solar ou que tenham grande poder de armazenar calor devem ser evitados nas superfícies externas.

3.2.9 Climas quentes e cores externas na arquitetura
Deve-se preferir cores claras.

3.2.10 Climas temperados
Nas localidades onde tanto calor quanto frio apresentem certo rigor, deve-se visar alternativas que permitam ora a ventilação cruzada e intensa. ora a possibilidade de fechamento hermético das aberturas para barrar eventuais ventos frios.
Os imóveis devem ser móveis o suficiente para possibilitar a penetração da radiação solar, quando desejável.